Há um ano atrás, passou-se o primeiro Natal do meu filho. Por esta altura, escrevi este texto que partilhei no Facebook e hoje dei com ele. Ainda não desfiz a árvore deste ano. Aproveito o texto que me pareceu doce.
O meu filho sentiu a falta da árvore de natal. Estranhou a
sua ausência. Um belo dia adormece e, pela manhã, a árvore havia desaparecido.
Para onde teria migrado o pinheiro de brincar com luzes piscativas para onde
todos os dias apontava e onde ia tocar nas bolas e nas fitas,
experimentando-as? Não a vira nascer,
também um belo dia, ao despertar de uma das suas sestas acordou para a sua
presença, já muito instalada, na sala. Apôs-lhe a estrela no topo, devidamente
ajudado e içado ao metro e oitenta de pinheiro artificial. Não percebeu bem o
que era nem que significado teria e por que o fotografaram nesses preparos ou
por que se interessaram por isso, mas depois tornou-se atracção diária, gostava
de apontar para ela e de ser erguido até altos ramos onde descansavam enfeites
que o deixávamos tocar.
Não sei o que pensará sobre esta ausência, mas sei que a
estranhou. A vida, feita de ausências, grandes e pequenas, lhas há-de ensinar -
que remédio. Há-de apontar outros lugares vazios. Que sejam longe...e tão
importantes como uma árvore de natal de plástico.
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